segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Crer-Sendo

De antemão, peço permissão para escrever sobre a vida. A minha vida. Escreverei as mesmas constatações de sempre... Todas as reflexões que qualquer música poética me traz à mente. Tantas outras vezes comecei este texto e, em nenhuma, terminei.
Hoje, senti uma vontade absurda de voltar no tempo. Meu dia foi pura nostalgia. Conquistei um pedacinho de um sonho meu que é tão grande e repensei sobre cada uma das minhas vontades. Hoje, afundei a cabeça no ombro da minha mãe e chorei de alegria. Olhei meus olhos no espelho e sorri enquanto lágrimas caíam.
Hoje, corri pensando no meu pai. Olhei para o lado e senti que queria a presença dele ali. Olhei outras pessoas, algumas tão forte quanto ele, outras tão felizes quanto e outras, nada tinham dele. Entretanto, de qualquer forma, nenhuma delas era ele. Senti vontade correr até ele, por um sorriso, um beijo na testa.
Hoje, estudei o que nunca estudei outrora. Aprendi o que nunca entendi. E me odiei por nunca ter tentando antes.
Hoje, eu passei algumas horas sozinha e senti-me frágil, quis desistir. Olhei meus pés no sofá e perguntei-me por quê estava ali.
Hoje, o calor me consumiu.
Hoje, discuti com a minha irmã enquanto ria. Disse que ela não manda em mim e que uso óculos em tempo integral se isso me trouxer liberdade.
Hoje, odiei-te. Quis te matar. Quis arrancar as palavras de você.
Hoje, achei que havia acabado sem começar.
E agora, hoje, estou aqui, constatando que tanta coisa mudou sem que eu pudesse perceber. Eram outros os tempos em que eu sorria por bobeira, em que eu contava piada, falava bobeira.
Hoje, eu mudei.
Dizem que cresci. 
E ninguém perguntou se eu queria crescer.
Hoje, senti o mundo pequeno para mim.
Hoje, eu me reconheci.
Mais uma vez.


E, hoje, eu ouvi esta música: 

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