quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A Minha Princesa

Lembro-me até hoje como te conheci... Te adicionei no facebook só para olhar tuas fotos, afinal tínhamos um peguete em comum, bobeira de menina. Mas você era diferente, já me chamou no chat me enchendo de elogios. Como tu é linda! Você dizia. E eu ficava cada vez mais sem graça por ter até sentido um pouquinho de raiva de você.
Elogiou meus óculos e, quando vi, já estávamos falando de livros, te indiquei alguns, e você me indicou outros. Conversamos bastante, um pouquinho por dia, todos os dias, ou quase todos. Comecei a sentir um carinho muito grande por você. Já até apelidei: Yaya, a minha princesa!
Quando te conheci, vi como éramos diferentes, você tão quieta e eu pulando feito doida. Contudo não desgostei nenhum pouco de você. Só te amei mais. Amei-te no teu cabelo louro, nos teus olhos verdes, nas tuas bochechas rosadas, na tua pele branquinha. Menina linda.
Dia desses, você me surpreendeu com um texto, saudosa de mim, reclamando por ilhas e montes serem longes. Hoje, eu te proponho que mudemos um pouquinho... Que seu monte vire uma serra e que minha ilha vire litoral. Assim, sem trânsito, nós podemos ficar juntas em questão de minutos (e perto do mar, ainda por cima!). Imagina só! Eu e você.
Tirando o atraso de todas as conversas que não tivemos por desencontros na internet e falta de tempo. Sonhando e falando bobagem. Rindo e sorrindo.
Eu e você, Yaya.
Minha amiga, imagina só! Você que já me conquista de longe, imagina por perto... Imagina só, Yaya.
Imagina só, nós duas perdendo essa cor branquela, conhecendo lugares diferentes, falando com pessoas novas, tendo outras visões de mundo. Juntas. Imagina só, Yaya!
Bom seria se verdade fosse, mas não é. E enquanto ilhas e montes são longes, eu sinto falta e torço por você. Olho tuas fotos e sinto orgulho de ter uma amiga tão linda, tão fofa, tão carismática.
E, mesmo quando você não está aqui, falando de você para os outros, fico feliz em poder repetir: é a Yaya, a minha princesa!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

"Por que você é assim?"

Dia desses, conversando com um amigo, fui surpreendida por uma pergunta tão simples que nem sabia responder... Ele virou para mim e, sem mais nem menos, perguntou-me por quê eu sou assim. De início, achei a pergunta extremamente agressiva. Como assim "por que você é assim"? Sou assim, porque sou, ué.
Reagi da mesma forma que escrevi e já fui perguntando o sentido da pergunta. Ele me respondeu "por que você é assim? Desse jeito. Por que você faz essas coisas?". Não sei o que me deu, mas a perguntou mudou totalmente para mim, agora ela parecia um elogio. Já fiquei esperando ele continuar me elogiando - "assim, linda, maravilhosa!" - mas isso não aconteceu (Ahhhhh!).
Então eu fiquei pensando. Por que sou assim? E já fui inventando respostas. Ah, sou assim porque sempre quis nadar contra a correnteza, sempre quis pensar fora da caixa, sempre quis criticar, comecei a ler e fui sendo influenciada e blábláblá. Ele riu de mim. E ainda disse que a resposta estava errada.
Errada por quê? A resposta é pessoal, é minha. Não pode estar errada...
Mais uma vez o babaca - opa, Jujuba, como é o apelido dele - me surpreendeu. "Eu queria que você dissesse que você é assim porque você é feliz".
Feliz, feliz, feliz.
Feliz?
Fiquei o resto da noite quieta, perguntando-me se era ou não feliz. Sou?
Sou.
Na maior parte do tempo, sim.
Apesar de todos os "poréns" e as chatices da vida, sim.
Depois desse nó na cabeça, aprendi a resposta certa para a maioria das perguntas do mundo. Faço isso porque me faz feliz. Se me faz feliz, não é errado. Olha aí, um dos maiores clichês do facebook!
Vai ser assim daqui pra frente... Escrevo isso aqui porque me faz feliz.
Sou feliz, não sou? Sou sim.