sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Meu Pequeno

Querido Coração,
Como você está, afinal? Sorrindo? Chorando? Batendo? Faz um certo tempo que eu só te confundo e não te levo respostas, não é? Desculpe-me.
Lembra daquela tarde ensolarada que você insistiu em me fazer vê-lo e fez minhas pernas bambearem? Lembra-se? Eu me lembro. Lembro-me como se fosse hoje, ah!, Coração, você não vale nada. Não sei porque entrega-me assim de mãos beijadas à qualquer um, fazendo-me sofrer. Não sei.
Quão aflito você está aqui dentro de mim, quão triste? Quão saudoso, quão carente?
Por que eu não consigo controlar-te? Por que ao vê-lo você se torna tão frágil? Não queria tudo isso, juro, pobre Coraçãozinho, juro. Sinto vontade de te arrancar do peito e envolver-te com meus braços e abraços, com meus carinhos. Você os quer. Não quer?
Ecoa aos meus ouvidos seus batimentos... tristes, solitários, vazios. Somos eu e você, meu Pequeno. Eu e você. Vamos proteger-nos, isolar-nos, tornarmo-nos eremitas. Quero o deserto, e quero você, quero estar dentro de você, e não envolvendo-o. Você parece tão distante de mim, tão pequeno dentro de mim.
Sou muito apaixonada por todos esses detalhes, desculpe-me por envolver-te nisso. Mas agora, meu Querido, somos só nós dois, só nós dois, eu e você. Sem pressa, sem motivos, eu e você.
Você e...,
Eu.

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