domingo, 11 de setembro de 2011

Tanto... faz

Eu, em mim, sou pequena e tola. Vejo meus erros e os ignoro, é vontade demais, não queria te dizer, mas sinto vontade de você. Imagino-me com você e com seus acordes, com seus risos tímidos e sua simplicidade. Magrelo e estranho, mas por que?
Eu aqui, você lá. Eu criando coisas, você ignorando.
Fiz-me pequena propositalmente, deve ser desejo de crescer com você, e apesar das circunstâncias que indicam um final trágico, acredito. Fiz-me tola propositalmente, pois desejo que você retire minha ingenuidade, sou fraca, mas porque quero. Quero que você me fortaleça. E assim eu me fiz, cheia de defeitos e poréns, para você concertar e colocar portantos.
Aquele velho vento que remexe as folhas no outono se fora, entretanto continuo imobilizada, olhando o vazio que você deixou, a ferida aberta, a voz que não ouvi, só os olhos que me destruíram, você se foi, mas seus restos permaneceram. Incrivelmente, os meus também... Por não te ter, continuo assim, pequena e tola, sem força alguma de mudar, sem você, tanto faz. Tanto faz. Tanto... faz.

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