sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Como de Costume

Entre. Disse sem resistência alguma e olhos baixos. Sente-se, sinta-se à vontade! Como de costume, serviu biscoitos e leite. Ligou a tv em um canal qualquer e observou, mexia-se suavemente, como de costume. Falava baixo e pouco, como de costume, mas causava tristeza, como de costume. Autora de nostalgia e lágrimas.
Observava enquanto o vento entrava pela janela a esquerda, este bagunçava-lhe os pensamentos, uma voz ao fundo cantava em um programa qualquer. Finalmente sua visitante olhava-a nos olhos, não eram precisos palavras, a dor consumia-a, seu nome era simples, era popular, e triste, estava sempre presente, mas ninguém gostava dela. Era a Saudade, como de costume.

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